sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Uh Uh, Imperador no Tricolor!


De acordo com os meus arquivos cerebrais, os dois últimos que foram ao centro médico penta-campeão brasileiro e tri do mundo(Luisão e Ricardo Oliveira), reergueram suas carreiras, ou pelo menos viveram bons momentos durante o período em que jogaram com a camisa sãopaulina.

A qualidade do Imperador Adriano é extreme superior a de "Ruimzão" e "Bixado Oliveira" e levando em conta que o Imperador dispensou 90% do seu lindo salário pra jogar no melhor time do mundo é pq o muleke quer jogar, mestre!


Foto: Globo.com

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Um dia de cinema


Domingão fim de tarde, olho pra o relógio e vejo, 5:45. Opa, dou tchau pra galera no messenger e vou me arrumar, rumo a um cineminha às 6:45.

Sempre muito belo e cheiroso, já no shopping, compro meu ingresso minutos antes pra pegar um lugar legal e poder curtir a super estréia atrasada em 2 meses do circuito nacional. Isso é besteira, acostumei.

Já sabendo que só posso entrar na sala antes de 20 minutos do começo do filme, faço os cálculos e “pum” chego nos 20 minutos. Entro bacana e escolho o melhor local dentro dentro da sala.

Fico naquela...esperando e vendo as pessoas chegando. Alguns poucos como eu, vão ver o filme, outros sei lá, vão fazer de tudo, menos ver o filme propriamente dito.

Esses 20 minutos são decisivos, porque eu torço, torço muito pra não ser “presenteado”com um casal “cinéfilo”do meu lado com um rapaz e seu super milk shake com um saco gigantesco de pipoca, e sua gata transportando um guaraná jesus e um sacão de rufles na outra mão. Outra super ameaça é um grupo de amigas pré-adolescente que estão lá pra tirar fotos e postar no orkut “miguxas no cinema” ficam falando ao celular com aquela miguxinha que perdeu o ano e por aí vai.

Tudo certo, as luzes se apagam, não fui surpreendido por nenhuma das miguxas e nenhum casal. Nenhum casal? Eis que na escuridão cinematográfica surge um casal, armado até os dentes com milk shake, pipoca, guaraná jesus, ruffles, bob, macdonalds, pá pow, dixxx, TUDO!

Aí eu rezo, para que o mesmo jesus do guaraná da moça os afastem de mim, mas não adianta.

“Alí,amor, do lado daquele doidim, coitado tá sozinho...” Maldita cultura que acha cinema um lugar pra fazer tudo aquilo que é bom mesmo é no motel. Pow, mas o escurinho do cinema ajuda. Beleza, tem lugar mais escuro e mais confortável, né não? Enfim....

Eles chegam, sentam do meu lado. O primeiro ato da menina é abrir a lata de jesus com todo força de deus pai todo poderoso,”tsssiipááá”, acho que ela deve ter se molhado toda nessa hora...

Não satisfeito, acho que pra não perder pra gata, o boy pega o saco de rufles dela e abre quase derramando tudo. Então começam a liderar a orquestra do molares, caninos, felinos, suínos... “craft croft, craft, croft”. Mermão, existe algo mais irritante do que você tentar se concentrar em algo, no caso o filme, e pessoas ao seu lado fazendo uma muvuca com um simples saco de ruffles? Ainda tem outra, fica aquele puxa-puxa no canudo, querendo sugar o que não existe mais!

Tudo bem, acabada a refeição, após 45 minutos do começo do filme, eles decidem tentar ver o filme.
E quem foi que disse que a menina sabia de alguma coisa? “Amor, que é esse?” Aí lasca, mexte,. O doido vai explicar toda a história do filme pra ver se a gata entende e quando a doida já ta mais ou menos por dentro filme ela continua perguntando “o que foi que ele disse? Aaaah, amor, não tinha filme dublado, odeio essas letrinhas, eu não consigo acompanhar!”

Putz, é um fim da picada, o fim do filme e o meu fim.

Depois de todo o caos eles saem na minha frente:

“Ái, amor, que filme ruim, não entendi nada.

Ele: “É verdade, amor, não fazem mais cinema como antes”

.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Booowwmm


Quer saber sobre a mais nova estréia no circuito de cinema em Teresina?
Cola aí no meu fotolog, só tem filmes, as vezes não, enfim, bom ou ruim vou tá dizendo por lá.

www.fotolog.com/filmedahora

domingo, 25 de novembro de 2007

sintonia

pelos olhos atravessam desejo
o carinho das mãos faz sentir
o abraço apertado
é todo afeto que caminha por ali

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

track 01


Chegou a hora o grande dia
Dar o play e sentir as ondas vibrarem
Introdução faz viajar, primeiro grave deixa pular
Pedal e caixa no compasso, olhar pra frente é delirar
Se dar conta que todo aquele gingado ali em baixo
é pra ver você tocar, quem sabe mesmo até sambar..
Como diz o outro “quem nunca sambou?”
Não sei, não quero. Nem em época de samba eu gosto, imagina só na hora do meu set espocar.
E agora? Tá chegando!
Passa o brake...adrelina sufoca.
Vai agora o segundo, o decisivo play.Mão suada passa o jog, vai e vem procurando entrar.
Encaixa uma na outra chegou a hora, você tem que mixar.
Tudo em cima e juntinho, baixa o grave, médio e agudo no meio.
Levanta o volume, tudo em cima.
Não entra só a música, vai todo o feeling que poucos tem.
Agudo de uma subindo, da outra descendo, assim faz o médio também.
Chega a grande hora a virada de mestre. Um grave desce e outro levanta como se jogasse junto toda aquela euforia que aquele moleque trouxe de muitos anos na espera.
E lá em baixo a conversa que rola, é que ele fez foi passar da hora, e que deveria estar ali desde muito antes!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

customiza

Me diz uma coisa...
Por que tu fica jogando aqui dentro
esse teu sentimento
essa vida de horror?

Jogou fora aquela paz
E vive agora por trás
Em uma vida de cão
chupando manga, laranja e limão

Não se deixe perder
Lembra que eu sou mais você
Mais você por saber
que na real eu sei como tu quer viver

Por isso te alerto
Não falo nada, só observo
Mesmo longe eu to perto
Torcendo muito pra você ser você!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Em transe




Era pra ter começado a mais ou menos 2 anos, não deu.
Acho até que foi bom, aprendi, e achei uma linha pra seguir.

DJ F I FO de 10 à 11 da noite

na Heaven, que vai rolar sábado, no Midas Eventos, uma mansão irada após o Giramundo, subindo a João XXIII.

Ingressos antecipados na cigana Riverside.

Vamos lá curtir um set high tech cheio de groove, Não sabe o que significa isso? Apareça por lá, vc vai ficar sem saber o que diabo eh “rai tqui gruuvi”, mas vai deixar um cara que realiza seu sonho bem feliz com sua presença!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

destempo

Já deu muito tempo agora vou falar
A menina da pela macia enrugou
Tirou tanto problema da cartola que saturou
E agora mocinha não vai ser preciso me agüentar

Meu cavalinho ensopou
Vou tirar ele da chuva
coitadinho, já cansou

Prendeu meus movimentos
Não me deu aquele alento
E com todo esse tempo, garotinha tão macia
Não terá o meu calor, não sentirá a minha dor

Te deixo livre e me liberto
Na verdade assim de perto
Tu , menininha macia, não merece o meu amor.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

A parada é pensar, manow.

É muita frescura, botar muito dedo.
Fazer cara ruim ficando com medo.
Ter nojo da coisa, não sabe o que é.

Mania de implicância pensa que sabe tudo
Isso é só ganância pegar o que quer

Escolher o que gosta? tudo bem!
Mas só o que te serve é o legal?
Pow amigo, na moral vai dar um rolé.

Fica de pé, passei no mundo
Olha pra lá olha pra cá
Escuta isso, escuta aquilo

Leia um capítulo, leia um livro
Fala com o leigo fala com o cult
Mente aberta vamos longe

Cabeça pequena pensando com o pé?
Se lascou mané!
Se liga na vida, o mundo tá girando

E você se achando o tal dono?
Só nada muleke
Tá vacilando!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O começo

Ele tinha 11 anos, e se apaixonou.
Parecia que aquela meninazinha dos cabelos dourados tinha se transformado naqueles 2 meses de férias, e que na volta as aulas, destacou-se nos olhos dele.
Amor de menino, criança inocente.
Suas idas ao colégio eram uma festa só.
Lá ele ia ver a sua menina.
Passaram-se dias e meses, havia o contato, nada maduro, tudo muito amistoso.
Um dia, com todos os amigos da escola reunidos, surgiu uma brincadeira, uma pergunta. E se a verdade não fosse dita, poderia causar uma vergonha enorme diante dos colegas.
Aí, o garoto diante daquela situação solta o nome de sua amada, e por livre espontânea pressão tornava a sua secreta paixão em algo coletivo.
Ninguém na roda se surpreende, pois todos ali já tinham percebido que a relação dele com sua menina, não era de uma simples amizade.
Depois disso, os amigos decidem fazer uma festa. Uma mera desculpa para que o mais apaixonado deles pudesse enfim conquistar a sua garota.
A turma toda é convidada, os meninos levam refrigerantes e as meninas salgados e bolos, um dj é contratado.
Todos comparecem, inclusive a menina amada do nosso amigo!
Festa vai, festa vem, ele não cumprimenta sua menina.
Muito acanhado e tímido, não vamos exigir muito do nosso garotinho de apenas 11 anos de frente com seu primeiro amor.
Lá para o fim da festa, surge um momento romântico, o dj chama todos ao salão e indica que cada um deva buscar um par para a dança.
O nosso garoto então tira coragem do além e convida a menina para dançar,
Ela aceita.
Muita tensão naquela hora, ele arrisca alguns dizeres, mas não tem retorno, e já ao final da música a menina fala.
“Você não imagina o quanto eu esperei por esse momento”
Imediatamente nosso garoto joga fora o piano que havia em suas costas, taca-lhe um beijo e faz jus a todo o trabalho realizado pelos seus amigos.
Sorrisão estampado, gratidão e felicidade mil!
O garoto agora ele está feliz, e o melhor com sua menina.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sonhou




São 7:30, eu acordo.
A ducha gelada não é problema, estou feliz, vou te encontrar.
Pego a bermuda e aquela blusa, aquela, que você tanto gosta em mim
Não tomo café.Vou te encontrar.
Monto a cesta, está recheada, será um linda manhã.
Vou no meu carro, você no seu.

São 9:30, já estou no parque, a manhã está linda.
Te vejo chegar!
O sol te ilumina, como se quisesse saturar tamanha beleza.
Eu me levanto, você vem correndo.

Meu Deus! Que encanto!
Um abraço infinito, bem forte, bem bom!
Não me solta, por favor!
Você está linda.
Me beija, beija, me beija!

Neste momento eu acordo.
Não tinha parque, não tinha você.
A luz que me assombra, é sol da minha TV
Fui enganado, imaginei errado, cabeça pirou, me trouxe você
Tá tudo escuro, foi um susto.
Sonhei que tinha te encontrado
Mas nessa, senhorita, mais uma vez eu fui roubado
Tentaram me convencer, que eu tinha você.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007


Somos estranhos
Não tem bom dia, não tem boa noite
Não temos beijos nem abraços
Estamos escassos de paixão

Como disse o poeta:
Se rir um do outro não existe mais,
então o que resta é chorar
Estamos escassos de amizade

Amizade perdida, convivência morta
Estamos escassos, estamos perdidos
Vamos logo ao futuro
Por aqui, agora, já morreu.

Não tem eu, não tem você
Vamos embora, sem demora
Para sempre nós
Bem longe, você lá e eu cá.

domingo, 9 de setembro de 2007

Pavarotti

Ao grande tenor, a minha pequena homenagem.

"Una furtiva lagrima" de Donizetti.


segunda-feira, 3 de setembro de 2007



Menina bonita da pele macia.
Pra que tu futuca com essa vara curta
o meu pobre bom astral?
Que coisa mais difícil escrever um capítulo
nesse teu coração tão angelical...

Solta as amarras que estão aí dentro
correndo com o vento de forma visceral.
Me dá um alento, ou qualquer documento
que serei sim, um seu eterno companheiro,
daqueles o mais leal.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Macaca jovem bem articulada!

Alguns já disseram:

"Depois de Beatles e Rolling Stones, a melhor banda de rock chama-se, Arctic Monkeys"

Concorda quem quiser, mas a qualidade da mulecada de faixa etária entre 19 e 22 anos, tá deixando o mundo maluco com sua atmosfera agressiva/dançante e ao mesmo tempo româmtica!

O dono deste blog paga o maior pau pra melhor banda da atualidade, na opinião dele!

Viva o rock inglês, viba o rock do mundo, viva o rock'n roll!


Arctic Monkeys - 505 (live)





I'm going back to 505,
If its a 7 hour flight or a 45 minute drive,
In my imagination you're waiting lying on your side,
With your hands between your thighs,

Stop and wait a sec,
Oh when you look at me like that my darling,
What did you expect,
I probably still adore you with you hand around my
neck,
Or I did last time I checked,

Not shy of a spark,
A knife twists at the thought that I should fall short
of the mark,
Frightened by the bite though its no harsher than the
bark,
Middle of adventure, such a perfect place to start,

I'm going back to 505,
If its a 7 hour flight or a 45 minute drive,
In my imagination you're waiting lying on your side,
With your hands between your thighs,

But I crumble completely when you cry,
It seems like once again you've had to greet me with
goodbye,
Im always just about to go and spoil a suprise,
Take my hands off of your eyes too soon,

I'm going back to 505,
If its a 7 hour flight or a 45 minute drive,
In my imagination you're waiting lying on your side,
With your hands between your thighs and a smile!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007




Não adiante esquecer o que te falei
nem apagar o que escrevi.
Ficou tudo guardado,
antes mesmo de você partir.

Não dá pra fingir
que eu gostava mesmo era de ver sorrir.
E o que importa mesmo é que sempre vou levar você
bem pertinho de mim.
Aqui, aqui e aqui.

domingo, 19 de agosto de 2007





Campanha de lançamento do Ford Focus 2008.
Agência: JWT

"Eu faço parte de um grupo de pessoas que não faz escolhas óbvias, enquanto a maioria quer o que é modinha, nós queremos o que dá vontade, enquanto a maioria vai onde todo mundo vai, nós vamos aonde é mais bacana..."



Fugir do óbvio, ser diferente com originalidade!



* p.s - Irritei alguém nenhum pouco original ali no post passado, né, "anônimo"?

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Dores nos pés, pernas, joelhos, coxas, bunda, abdômen, costas, ombros, coração, pescoço, queixo, dentes, nariz, olhos, testa, cabeça e tudo.
Dia corrido, vai, vem, escreve, mentaliza, bebe, volta, estica, levanta, sobe, desce, pra lá e pra cá.
Cabelo caindo, estresse, chatisse, deselegância, falta de respeito, compaixão, valor, consideração etc et etc.

Alguém precisa ver o mar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007




E aos 17 anos do segundo semestre ele escutava essa música sem parar!


Lindo 2002!

Incubus - Nice to know you

domingo, 5 de agosto de 2007

remember is...

Fui em uma festa muito legal, tranquila e agradável.
Dando voltas na casa encontrei um amigo de longa data, o nome dele é Passado.
O Passado é o tipo do cara que te condena, te faz crescer com os erros, traz coisas boas e ruins, mas o que ele mais gosta de fazer é trazer uma média-irmã dele chamada Saudade.
Daí o Passado chegou e ficou por ali, só jogando Saudade em cima de mim, cheio de atrevimento.

- Porra, Passado, de vez em quando tu aparece pra ficar futucando toda hora, me larga, cara, isso não é bom!

Não adianta falar isso pra ele, o muleque toda vez vem assim do nada, sempre na companhia da Saudade que consegue trazer uma nostalgia maior que ele.
Aí de tanto jogar Saudade, o Passado acabou me pegando de jeito novamente, e eu achando que tinha controle, pra que ele não aparecesse tanto, fui pego de supresa. Pior, ele ainda trouxe a Saudade pra martelar mais ainda minha cabeça.

- Passado, você trouxe uma coisa muito boa, mas não fica insistindo porque isso machuca, e quando a gente não tem controle de você, tu pega e traz a Saudade,rapaz, fica queto um poquim!

Reencontrar o diabo do Passado é só pra trazer a Saudade junto e meter um 360° na cabeça da gente.


unft...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

abraz




Um beijo e um abraço.
Um laço de quem gosta,
de quem ama.
Então pega o cadarço
e amarra.
Com a força do braço.
Que não beija
Mas que ama,
com o poder daquele
abraço.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Cena de "O Violino Vermelho" (1998)
Obra-prima e um Oscar de melhor trilha sonora!



Aperta play, espera a barrinha vermelha completar, depois aperte no play/pause de novo!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Clica na imagem pra ver melhor!





Acelera, dijei, porque minha vida vai ser curta e eu tenho que dropar logo!

domingo, 29 de julho de 2007

Tudo que você for fazer na vida, pense antes nos seus pais.
Qualquer coisa que aconteça, quem vai sorrir ou sofrer serão eles.
Ninguém é perfeito e já deve ter errado algumas vezes, mas toma cuidado, tenho certeza que você sabe o que seus pais aprovam ou não, por isso procure não deslizar muito, pois bola de neve espocando na testa do papai ou dá mamãe gera desconfiança e uma decepção que só eles sabem.
Quando a confiança familiar vai embora, pode ter certeza que o chão vai abrir bonito.
Sendo assim eu repito, qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo que você for fazer, reflita, porque tem gente que tá muito aí pra o que nós andamos fazendo!

quinta-feira, 26 de julho de 2007



Ae macaco, dá o play, em seguida dá o pause, deixa a barrinha vermelha carregar e já é!
























































Emo neh?
Pego uma aposta se tu não mexeu a perninha
Yeaaah yeah yeah yeah


P.S: Nando Reeis espancando na batera!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Você é brasileiro?


Me desculpem, mas farei alguns questionamentos sobre a nossa festa.

Final de semana passado aconteceu em Luis Correia uma micareta que alguns chamam de, carnaval forta de época, discorrendo sobre carnaval pra mim não passa de um período que boa parte das pessoas tomam como desculpa sobre qualquer atitude que foge da sua personalidade normal soltando a seguinte e fugitiva frase: "foda-se é carnaval".

Quem me conhece sabe que toda essa implicância não é novidade, ainda mais depois da péssima experiência no último carnaval, no qual ainda tenho sérios traumas sobre tal evento.

Como também faz parte deste que vos escreve observei milhões, e tive em vários momentos a visão do inferno, que em poucos momentos assistindo a "destransmissão" da micareta no litorando percebi que realmente aquilo tudo é um carnaval fora de época!

Quem tocava era a banda Chiclete com Banana, liderada por Bell Marques, que mais parece ser a banda toda. Tem o Frank Aguiar nos teclados, um projeto loiro do Mill House na percussão, e um baterista bem baiano como destaques no grupo.

Eu tentei ver toda transmissão e não achei o tal atrativo que levasse 8 mil pessoas a ficar entre cordas sendo pisoteadas e tendo várias daquelas minhas visões do inferno.

- Você não bebe, cala boca!
* Se quer beber, vai prum bar, senta e enche a lata, bote banca escolhendo a mais gelada, você tá na praia, pega tua cana e vai beber olhando o mar ou as supostas garotas TOP de Teresina que ao chegar na praia tudo cai e derruba literalmente toda nossa imaginação!

- Meu, tem muita gatinha no bloco
* Mentira, até quem vai pra esses eventos assume, "só tem canhão aqui!" e as tais gatinhas botam maior onda dentro das quatro linhas.

- Tem muita loló, lança e tal
* quem usa isso não escolhe local!

[pasmem, muita gente fala isso]

- Cara, a música é muito boa!

* As bandas são versões aforrozadas do axé, tal do Bell do chiclete nem canta mais, cansou o coitado. Deve fazer uns 15 anos que eles cantam as mesmas músicas!


O principal atrativo do bloco é a pegação quantitativa da áera, se você é homem e não pega ninguém, será motivo de chacota até a próxima micareta, e se não pegar de novo, aí meu filho, você será o eterno loser da mentalidade carnaval do nosso país.

O que é o Brasil?
- Carnaval!

Olhe pra festa e veja o que acontece principalmente do lado mais pobre do país, o nordeste, onde as micaretas rolam solta!

Não viu semelhança? pow..você realmente é brasileiro e gosta de carnaval.



SE VOCE E CHICLETEIRO (AMOR) DEUS TE ABENÇOA

SE VOCE NAO É.. DEUS TE PERDOA

Parece que Deus é realmente brasileiro!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

road


Não seja bobo em pensar que o mundo dá voltas em 1 segundo, ele tarda, mas completa a rotação...
Sendo assim, leva aí, segue tua estrada, mas sempre com muita cautela, não esquecendo de rever a vida no decorrer do percurso, pois daqui que o mundo complete a volta pode ser que você tenha que repetir a viagem!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

13 DE JULHO, SEXTA-FEIRA TREZE!




O melhor filme sexta-feira 13 de todos, para aterrorizar o dia de hoje!


Obra macabra: O Iluminado
Maestro dos loucos: Stanley Kubrick
Baseado em mais um livro perturbador de: Stephen King
Rótulo: Terror
Data de Nascimento: 1980, Estado Unidos
Intérprete Sinistro: Jack Nicholson
Mulher mais feia da história do cinema: Shelley Duvall
Muleque neurótico: Danny Lloyd






Se ligae como foi fazer essa perfeita doidera:

- Quando ainda estava em busca de um novo projeto para o cinema, Stanley Kubrick pesquisou vários livros até achar um que o interessasse. Foi quando, ao pesquisar nos livros que estavam em seu próprio escritório, ele encontrou "The Shining", de Stephen King, resolveu lê-lo e, posteriormente, transformá-lo em filme.

- No livro "The Shining" o apartamento onde o filme se desenrolava era o de número 217. Atendendo a um pedido do dono do hotel onde O Iluminado fora filmado, que temia que as pessoas não mais alugassem o quarto 217 por causa do filme, o número do apartamento foi alterado para 237, inexistente no hotel em que o filme fora rodado.

- Durante o making of de O Iluminado era comum o diretor Stanley Kubrick ligar de madrugada para o escritor Stephen King e fazer-lhe perguntas tipo se ele acreditava em Deus.

- Stanley Kubrick rodou nada mais nada menos do que 127 vezes uma cena com a atriz Shelley Duvall, até que ela ficasse do jeito como o diretor queria.



Bom dia aterrorizante pra vocês, rerere!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Cantae, Benitão!


Benito Di Paula - Do Jeito Que a Vida Quer

Ninguém sabe a mágoa que trago no peito
quem me vê sorrindo desse jeito
nem sequer sabe a minha solidão
É que meu samba me ajuda na vida
minha dor vai passando esquecida
vou vivendo essa vida do jeito que ela me levar
Vamos falar de mulher, da morena e dinheiro
do batuque do surdo e até do pandeiro
mas não fale da vida, que você não sabe o que eu já
passei
Moço, aumente esse samba que o verso não para
batuque mais forte e a tristeza se cala
e eu levo essa vida do jeito que ela me levar
É do jeito que a vida quer
É desse jei........to

domingo, 8 de julho de 2007

O mundo é mal


Ele foi chamado de salvador
pelos seus atos, pensamentos e postura.
Parecia o perfeito, dono da situação.
Responsável pela paz, tranquilidade, carinho, afeto, respeito, e boa parte de bons valores que um salvador tem.
Defeitos? Lógico, ele era apenas o salvador, não Deus.
Foi chamado de anjo, e reverenciaram sua presença como algo que caiu do céu, inovador.
Mas quando tudo parece nos conformes, os outros estranham.
Acostumados com a vida conturbada da geral, um vai e vem danado que não dá em nada, e que no final das contas só atrasa a vida, aquetaram o fogo do nosso "nice boy".
A luz do salvador foi apagada, de tal forma que não vem ao caso.
O anjo perdeu a batalha contra o diabo.
O mal sempre vence na batalha, não na guerra.
Mas e aí, o anjo, salvador, bozinho, maravilhoso, etc e etc, vai continuar assim.
E se toda essa pinta de bom samaritano não der certo?
O mundo é mal, mas tem um cantinho ali do bem, qualquer coisa ele fica por ali, mesmo sozinho...

sábado, 7 de julho de 2007

Não sei...
o que pensar
o que dizer
o que ler
o que escrever
o que fazer
o que trazer
o que falar

eu não sei mesmo é de nada.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Renan - o paga-pau




E aí, alguém mais se habilita?
Vai vacilar 12 mil por mês, mais 100 mil de adiantamento para despesas do cachorro do jardineiro?

Brasil sem jeito, meu querido!

terça-feira, 3 de julho de 2007


Pensamentos mútuos sobre algo que passou, está passando e/ou poderá acontecer, trazem noites em claro, no caso, escuro.

Ao fechar os olhos poderiamos nos desligar do mundo, ou quem sabe existisse uma tecla no corpo: "apagar geral".

Ao menos 2 horas de apagão seria interessante!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Quando tinha 9 anos Otávio Henrique tinha tudo e mais um pouco que uma criança desejava.

Ele não pedia, exigia de sua mamãe, que só pensava em sair nas colunas sociais e gastar a herança esgotada do papai, vovô do Otávio Henrique.

Certo dia Otávio Henrique queria muito um tênis, sua mamãe disse que não daria, ele insistia, mamãe em seu pouco momento de gente dizia que era muito caro mas, Otávio Henrique estava aos berros chamando atenção de toda loja. Mamãe resistia ao espetáculo de seu filho, até que Otávio Henrique disse, "se nã me der esse tênis, vou me jogar do prédio e a senhora vai morrer pq eu me matei", mamãe se assusta, e persoadia pelo golpe baixo de Felipe compra o tênis.

Aos 15 anos, menor de idade, Otávio Henrique queria um carro porque seus amiguinhos mais velhos da escola iam de carro, mamãe achando aquilo uma oportunidade para mostar bem seu filho diante das amigas, compra o carro.

2 semans depois, Otávio Henrique avança no sinal vermelho e estressalha um pedreiro que levava sua filhinha para a escola, o pai morre a menininha fica em estado vegetativo. Otávio Henrique estava alcoolizado.

Mamãe diz que foi um acidente, e que seu filho está muito atormentado com isso tudo.

Mamãe vive no salão, não fica em casa, papai trabalha muito, sai cedo e volta no apagar das luzes. Otávio Henrique faz o que quer, tem o que quer, o dinheiro que deseja. O mundo é de Otávio Henrique.

Ele realmente ficou traumatizado com o "acidente" mas, não tem apoio de ninguém em casa, falta ombro para consolar o garoto.

O que resta é sair com os "amigos" que lhe apresentam garotas bonitas. Muita bebida, comida, cigarro, dança . Mas, Otávio Henrique não sabe dançar, e fica envergonhado por isso, até que percebe que todos tomam um comprimido azul que brilha, hummmm, Otávio Henrique fica doidão, dança que se acaba, se acaba mesmo.

Otávio Henrique tem novos amigos de dança, que lhe ensinam também a dar voltas, e carrerinhas e até pedradas, nossa, Otávio Henrique, a que ponto chegou, pedrada é coisa de muleque de rua, baixo nível.

Otávio Henrique aos 18 anos é internado em uma clínica, a melhor do país, sempre Otávio Henrique com o que tem de melhor no mercado, mas o que existe de melhor na vida Otávio Henrique não tem e nunca teve, família e amigos de verdade. OH Otávio Henrique, tenho pena de você, será que terá algo descente na vida, calma, você é novo ainda dá tempo.


Tá cheio de Otávio Henrique, se não existe, pelo menos 30% dele ta cheio!

segunda-feira, 25 de junho de 2007



Filme: Notas Sobre um Escândalo

Música e cinema vivem na mesma linha, imagem e som fazem a combinação perfeita.

A prova está em Notas sobre um Escândalo, 4 indicações ao oscar, e coloca lado a lado duas gerações fenomenais, Judi Dench e Cate Blanchett, e mostra o poder que Phillip Glass tem em suas trilhas.

O filme simplesmente é carregado pela trilha sonora sombria e misteriosa de Glass, assim como o passado das personagens e todo o roteiro do filme, tudo muito obscuro.

Muito bom!

quinta-feira, 14 de junho de 2007


- Pq demorou tanto a chegar?
- É q eu estava procurando você por aí!
- Realmente agt andava distante, né. Mas foi tão difícil encontrar?
- Não sei ao certo. O caminho foi péssimo, pensei que nunca fosse estar aqui
- Vai ver os buracos da tua estrada te trouxeram
- Pois é, eles serviram pra alguma coisa mesmo, justificar esse encontro
- Relaxe, a estrada dos bons ventos só está começando, me carrega na tua mala?
- Não, não, você vai aqui do meu lado, viu?
- Viu!

domingo, 3 de junho de 2007

Daí que é Emocore?


Atualmente virou modinha dizer que isso ou aquilo é "emo", que fulano é "emo", que tal banda do sul da grécia é "emo", que o jardineiro é "emo", porra, tudo é emo!

Qual é a verdade sobre "emo"?

"emo" é a abreviação de uma vertente do Hadcore chamada: Emocore, de Emocore saiu Emo, sacoé?

Hardcore ao pé da letra significa agressividade, musicalmente pega arranjos e um conjunto igualmente violento, que tem composições políticas ou digamos "revoltadinhas"

Blza. Até que um dia alguém que gostava muito de Hadcore decidiu colocar mais sentimento nas letras. Ao invés de gritar, reclamar e pedir melhoria da sociedade esse alguém quis falar do amor que não deu certo, da menina que ele viu na boate, dá senhorita que meteu um belo par de chifres ou daquela que um dia era o amor da vida toda, partiu e nunca mais voltou.

Enfim, "emo" vem de emotivo, de emoção, de sentimento do coração ou qualquer lugar que transmita paixão.

Emo é isso, emocore ou hardcore melódico, é isso!

O que é emo hoje?

O menino ou a menina chega pra cortar o cabelo e pergunta: "qual é o corte da moda?". O senhor(a) do corte faz o serviço e no final das contas sai aquela franja para o lado, com os fios de cabelo chapado, como se tivesse recebido um "lambs" da vaca mais leitera do curral.

Seguindo a moda pra combinar com o cabelo, lhe é sugerido um lápis pra passar nos olhos, a menina ou menino talvez nem goste dessa onda de pintar o rosto, mas a moda é essa, então vamos pintar os olhos e ter o cabelo chapado!

Chega em casa ele liga a Mtv e assisti a mais nova banda pop da atualidade, eu disse POP, os integrantes com cabelos igualmente cortados ao dele, cantando qualquer hit que fale do seu amor, mas nada relacionado a hardcore ou emocore. O que é POP geralmente tá ligado a moda da época.

O conceito de emocore hoje é esse, cabelo chapado, rosto pintado, ouvindo canções de pop/rock clichê. Se quem faz isso chora ao escutar e beija seu amigo ou amiga isso é outro problema de escolha que não vem ao caso...

Nos anos 70, maioria das bandas punk, influência do harcore, se trajavam dessa forma, cabelo chapado e rosto pintado, então pq ninguém diz que The Cure era emo, The Clash, Sex Pistols, vá dizer isso, apanhará lindamente!

Não vou muito longe, Cpm 22 faz sucesso a pelo menos uns 5 anos, no início ninguém mencionava o termo "emo' sendo que os próprios integrantes da banda diziam "nós tocamos emocore", hoje em dia pergunte exemplos de bandas emo pra qualquer pessoa q gosta de mencionar esse rótulo,este vai falar um monte de cabelo chapadinho que não tem nada haver com emocore, exemplo, Panic at the disco, Ramirez, AFI, etc..etc, as vzs eles acertam mencionando, Fall out Boy, Simple Plan, Fresno só pelos cabelos chapados e forma de se vestir, mas não falam do cúmulo do emocore que é CPM, sabe pq? eles não tem cabelo chapadinho e cara pintada!

Galera do Panic at the disso, coitados, seguem moda do penteado, e figurino, tocam um som diferente, misturando música eletrônica caindo pru alterna. rock com letras românticas (sim, sentimento na música não é atributo de emo, faz parte da qualidade musical, música sem sentimento n eh música, se for por isso los hermanos,roberto carlos tmb são emo) e são rotulados pelo mais escraxado tipo de emo.


Quem abre a boca e fala "emo" n sabe do real significado da vertente do rock Emocore. Banalizaram o termo, e agora pra voltar o que era antes vai ser difícil, pessoas que ouviam emo a muito tempo hoje tem vergonha de dizer que escutam pela repressão que os outros colocam.

"Escuta Forfun, Fresno, My Chemical Romance, Fall out Boy, Simple Plan, NX Zero, The Kill, nooooossa, que viadinho você!, escuta emo" sendo que o mesmo cara que fala isso paga moh pau pru CPM 22!

Todas essas bandas emo que vem tomando de conta do cenário mundial da música estão trazendo uma nova onda no meio do rock. Se você gosta? n importa, eles tão aí, com seu estilo. Se vestem de acordo com a moda, a moda os ajudam a ser populares e fazerem sucesso, mas a música deles é nova, e é o público deles, os jovens, que vão segurar o futuro do rock.

Não vou questionar a qualidade musical dessas bandas, mas essa é a realidade do cenário rock no mundo.

O novo, o diferente, sempre causa intriga, vai ser sempre assim. E a história do Emocore serve tbm de analogia pra qualquer coisa na vida, o inédito e diferente vai sempre causar inveja e vão procurar ao máximo denegrir a imagem.

Falando em Emocore, o Los hermanos acabou neh? =pp

sábado, 19 de maio de 2007

de manhã




Ele acorda todo dia às 6, já pensando em descontar o sono interrompido, um VT do que virá no dia reproduz na mente, mas antes, uma volta na futilidade e na utilidade pra poder garantir a pérola e a informação do dia. Ao banhar toca uma música sem letra, alta, rápida, que muitos perguntam: "não é tudo igual"?

Ao sair se dá conta que está médio atrasado, um café muitas vzs fraco, tendo como trilha sonora qualquer notícia "sempre muito legal" do notiario da manhã.

Uma caminhada iluminada pela bela luz amarela das 7:30, passa o pedreiro, passa a o empresário, volta o vigia, e ele vai ao encontro do que se poder dizer de "veículo da reflexão" .

São 20 a 30 minutos de viagem,quase sempre no aperto.
Em pé ou sentado, ao som de qualquer programa de rádio com qualquer música da personalidade do motorista, como se ligasse o som pra o dia passar mais rápido.

O responsável por deixar se você pode ou n seguir viagem pede o passaporte para o percurso, esse é outro que acorda não às 6, acho que as 4 ou 5, e desconta ali mesmo na sua "confortável poltrona" o seu sono interrompido.

Após passar pelo carrosel entrega .t al valor para o homem da "poltrona confortável". Começa o que podemos chamar de reflexão forçada. Seria então um veículo de pensamentos, de ideias
com imaginações diversas onde cada um dos pensadores tem seus alfítos, atritos, euforia, ansiedade, etc..etc.

E os 20 a 30 minutos de viagem fazem ele pensar na vida, o que virá? o que terá? como terá? dará certo? se não der certo? um enigma constante, e pode ter certeza que os outros passageiros do "veículo da reflexão" estão tendo o mesmo pensamento, igual ou diferente ao dele.

Você precisa dar um volta, seja rotina ou não, seja no "veículo da reflexão" ou não, na correria q se tem hoje, você só pensa na vida nos 30 segundos antes de dormir.

Procure outros veículos, um livro, filme, seriado, música, etc..etc, até na futilidade do dia-a-dia se tem algo a ser relevante.

Mas ainda não achei nada melhor que o "veículo da reflexão".

Foi-se o começo do dia...

sábado, 12 de maio de 2007

pense assim





todos merecem, alguns conseguiram, outros receberão
é algo essencial na vida, chega mais cedo ou mais tarde
você precisa estar preparado, desconhecido ou conhecido será sempre uma novidade
informações chegarão, cabe analisá-las, e nunca se esqueça, tudo tem virtudes e defeitos
se lhe interessa entre fundo, errar? talvez, arrependimento jamais
e assim segue a vida...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Cinema Contemporâneo

Inaugurando a mais nova toca de alguém que não gosta de falar, hohoho

Belíssimo artigo do colunista Daniel Dalpizzolo do site, www.cineplayers.com, que fala sobre a história do cinema contemporâneo, ótima definição de algo pouco viciante do dono deste blog =p


"

Durante o per�odo de transi��o do cinema �sessentista� para o �setentista�, podemos notar uma grandiosa evolu��o no tocante � exposi��o de tem�ticas politicamente engajadas e que procuravam retratar da maneira mais fiel poss�vel � realidade vivida pelos espectadores em seus diversos meios de conviv�ncia social. Aquela fant�stica magia que embebedava de utopias os freq�entadores dos cinemas no per�odo cl�ssico estivera extinta do primeiro escal�o da ind�stria f�lmica durante alguns bons anos (tanto que os poucos musicais e faroestes feitos nos anos 1970 abordavam sempre, de forma muito r�spida, a decad�ncia f�sica e moral de seus personagens e/ou espa�os) at� que certo acontecimento, a ser citado subseq�entemente neste mesmo artigo, mudara novamente o ritmo das �guas em Hollywood � que normalmente dita as regras cinematogr�ficas no mundo todo.

Ainda no in�cio desta d�cada, em 1971, dois filmes j� fizeram quest�o de apresentar �s plat�ias qual seria o tom empregado nas abordagens tem�ticas das obras desse per�odo. O primeiro, Opera��o Fran�a, de William Friedkin, tinha como proposta uma vis�o mais suja e violenta da realidade das ruas de Nova York. � um filme que procura mostrar de maneira mais transparente e at� mesmo ousada, para a �poca de seu lan�amento, a dura conviv�ncia entre criminosos e lei, retratando a figura do policial de uma forma muito mais humanizada, sem empregar �s suas a��es aquele tom de super-hero�smo comumente encontrado nas ing�nuas produ��es das d�cadas anteriores � sem contar, claro, a canastrice e a intelig�ncia dos detetives que protagonizavam os saudosos filmes noir, totalmente paradoxais a esta ingenuidade.

J� o segundo exemplo, desta feita a obra-prima Laranja Mec�nica, de Stanley Kubrick, permanece at� os dias de hoje como uma das fitas mais marcantes, ousadas e impolidas j� produzidas. � um conto brutal e de imensur�vel import�ncia, onde valores sociais s�o relegados � insignific�ncia diante da amarga �tica do g�nio Kubrick sobre a condi��o moral da sociedade � se na �poca o filme servira como premonit�rio, agora passa a ser alusivo, diante da degradante realidade em que vivemos. Para tanto, tece aquele que � um dos estudos mais completos e irretoc�veis sobre a hipocrisia social (de compar�vel, lembro-me, no momento, apenas do fabuloso Dogville, de Lars Von Trier), utilizando-se de uma t�cnica invej�vel e de uma constru��o ficcional t�o perfeita quanto interessante. Permanece, para a pessoa que vos fala, como um dos maiores filmes da hist�ria do cinema � e um representante �bvio do per�odo cinematogr�fico em quest�o.

No ano seguinte, surgiria outra obra cl�ssica imprescind�vel para a compreens�o e interpreta��o do cinema da d�cada de 1970, por�m n�o da vertente pol�tica, e sim autoral. Trato de O Poderoso Chef�o, realizado por um dos cineastas mais f�rteis deste per�odo, Francis Ford Coppola, que mais tarde viria a se aprofundar em obras inexplicavelmente irrelevantes. Por�m, antes disso, deixou em seu legado algumas das fitas mais finas e importantes que podem ser encontradas no mundo cinematogr�fico. A s�rie que narra de maneira �pica e po�tica o cotidiano da m�fia italiana seria composta, tamb�m, por O Poderoso Chef�o - Parte II, de 1975 e O Poderoso Chef�o - Parte III, desta feita na d�cada de 90 � sendo a mais fraca das obras, mesmo que seja de alto n�vel (o destaque, dentre elas, vai para a segunda parte, n�o t�o marcante quanto a primeira, mas muito mais completa em sua narrativa).

Em meio a este n�cleo do cinema autoral e pol�tico dos anos 1970, v�rias obras e realizadores merecem destaque, tanto por sua grande qualidade quanto pela representatividade clara da maneira de filmar encontrada nesse per�odo. Filmes pol�ticos eram realizados em diversos lugares do mundo, mas o �centr�o� do cinema, ou seja, Hollywood, surpreendentemente tamb�m demonstrava grande interesse neste tipo de produto � algo que habitualmente era deixado de lado em prol da divers�o. Podemos destacar, entre os principais filmes que se utilizaram dessa vis�o, a obra-prima m�xima de Martin Scorsese, o genial Taxi Driver (1976), a com�dia sat�rica M.A.S.H. (1970), de Robert Altman (na minha opini�o fraca, por�m representativa) e Apocalypse Now (1979), do supracitado Francis Ford Coppola, no qual retrata a imbecilidade e a loucura proporcionada pela guerra, em um dos filmes mais fenomenais que existem.

J� na vertente autoral e n�o t�o pol�tica da d�cada, tamb�m podemos encontrar diversas obras indispens�veis � vis�o de qualquer cin�filo, bem como o surgimento de grandes diretores que se mant�m at� hoje como mestres, muitos deles ainda vivos. Alguns exemplos seriam Woody Allen, que �constru�ra� neste per�odo aquela que � sua maior obra-prima, a melhor hist�ria de amor c�mica do cinema, Noivo Neur�tico, Noiva Nervosa (1977); Brian De Palma, com o inigual�vel filme de horror Carrie � A Estranha; Milos Forman, com Um Estranho no Ninho (1975) � embora, particularmente, do diretor, prefira Hair (1979), por�m com uma inclina��o mais pessoal do que art�stica -; Roman Polanski, e seu maior sucesso, o neo-noir Chinatown (1974); e novamente Stanley Kubrick, com seu visualmente irretoc�vel Barry Lyndon (1975).

Em outros pontos do planeta, a abund�ncia qualitativa das obras tamb�m existia. Poder�amos citar diversos exemplos, mas, como a inten��o deste especial n�o � referenciar tudo o que h� de melhor no cinema, e sim analisar as principais mudan�as que ocorreram nele com o passar dos anos, sempre haver� uma ou outra obra que injustamente n�o receber� cita��o. Por�m, obras como Gritos e Sussurros (1973), do sueco Ingmar Bergman � uns dos poucos filmes n�o falados em ingl�s que concorreram ao Oscar em categorias, digamos, �normais�, para seus padr�es; o japon�s O Imp�rio dos Sentidos (1976), de Nagisa Oshima � primeiro filme n�o-pornogr�fico a mostrar cenas de sexo expl�cito; A Noite Americana (1973), de Fran�ois Truffaut, tido por muitos como a maior homenagem feita � s�tima arte pela pr�pria s�tima arte; Em Busca do C�lice Sagrado (1975), filme de estr�ia do inesquec�vel grupo de humor ingl�s Monty Phyton nos cinemas; e Solaris (1972), do russo Andrei Tarkovski.

Por�m, em meio a esta fase de pura e singular criatividade, onde surgiram muitos dos grandes filmes j� produzidos, um grupo de realizadores (que n�o estou criticando, entendam), encabe�ados por Steven Spielberg e George Lucas, viriam a revolucionar novamente o cinema, colocando-o em um status necessariamente paradoxal �quele encontrado nos primeiros anos da d�cada: o de simples entretenimento, sem qualquer inten��o intelectual e despretensioso no tocante � utiliza��o do cinema como alimentador de id�ias e reflex�es. Alguns veneram, outros depreciam, mas o fato � que a populariza��o do entretenimento puro acabou afastando o p�blico de produ��es mais engajadas e/ou complexas, voltando os holofotes de Hollywood a fitas como Tubar�o (1975), de Spielberg, e, principalmente, Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas, maior influente dessa muta��o cinematogr�fica.

Se o fato � ruim ou n�o, certamente ficar� a crit�rio de cada um, mas a verdade � que essa modifica��o estrutural do cinema �pop� (no underground at� existiu uma resist�ncia, embora este seja restrito � minoria de um imenso mar de gente) causara uma diminui��o abrupta e bastante sens�vel da qualidade das obras lan�adas nos cinemas. G�neros como o horror, a aventura e � tendo sido cria (ou melhor, passara a ser considerada um g�nero, pois antes j� existiam obras do estilo) desse per�odo, n�o poderia deixar de ser citado � a a��o foram os principais ocupantes das largas telas brancas presentes nas salas escuras de todo o mundo, tendo entre seus destaques produ��es como De Volta Para o Futuro (1985), de Robert Zemeckis, o melhor de todos os filmes pipoca j� lan�ados na hist�ria do cinema (e isso inclui filmes do Spielberg, Lucas, etc., etc., etc.); Os Ca�adores da Arca Perdida (1982), mais interessante obra do mais popular diretor que j� povoara este mundo; Star-Wars IV � O Imp�rio Conta-Ataca (1980); e as s�ries de terror Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo, protagonizadas, respectivamente, pelos ic�nicos Jason Voorhees e Freddy Krueger.

Mesmo assim, ao contr�rio da �d�cada perdida� que representara � m�sica, os anos 1980 ainda foram palco de algumas produ��es maravilhosas, atemporais e inesquec�veis; reais obras-primas. O que dizer de A Rosa P�rpura do Cairo (1985), um dos melhores trabalhos de Woody Allen; Veludo Azul (1986), surreal e inigual�vel obra de David Lynch; Um Tiro na Noite (1981) e Os Intoc�veis (1987), ambos trabalhos geniais de Brian De Palma (que produzira outros filmes fant�sticos no per�odo, mas me contenho a cit�-los); Era Uma Vez na Am�rica (1984), mais uma das poesias visuais irretoc�veis de Sergio Leone; Amadeus (1984), de Milos Forman, melhor cine-biografia j� produzida; Depois de Horas e Touro Indom�vel, fitas fin�ssimas de Martin Scorsese; Brazil � O Filme (1985), brilhante fic��o-cient�fica de Terry Gilliam; entre outros grandes filmes produzidos ao redor do mundo (vejam que nem citei Cinema Paradiso (1989), Ran (1985) e tantos outros...)?

Essa safra de filmes interessantes se prorroga nos anos 1990 (Os Bons Companheiros (1990); Pulp Fiction (1994); Magn�lia (1999), Antes do Amanhecer (1995), e por a� vai...), quando a ind�stria cinematogr�fica retomara, ainda que timidamente, um pouco daquela ess�ncia autoral encontrada nas produ��es �setentistas� (algo trazido de volta � tona por completo na d�cada vigente, que vem se mostrando produtora de algumas pequenas obras-primas, como Cidade dos Sonhos (2002), Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembran�as (2004); Dogville (2003); R�quiem Para um Sonho (2000); O Homem Que N�o Estava L� (2001); Dan�ando no Escuro (2001), entre outras). Claro que, mesmo com o ressurgimento desse cinema mais autoral e cerebral, o cinem�o pipoca, desconhecedor assumido do verbo �pensar�, ainda rege o andar da carruagem. O que mudou n�o foram os cavalos que a conduzem, mas sim seus passageiros.

Por�m, a excessiva contemporaneidade dessas produ��es ainda n�o nos permite uma an�lise mais t�cnica, cr�tica e imparcial delas, j� que ainda n�o passaram por aquele que � o maior detector de qualidade j� descoberto: o tempo. Ser�o filmes de �poca, que submergir�o ao desconhecimento com o passar dos anos, ou sobreviver�o eternamente como grande parte dos filmes citados neste especial? No momento, � imposs�vel responder. Ou melhor, este � um questionamento que s� o tempo poder� responder. Por isso, s� nos resta o aguardo. Esperemos e, quem sabe, tais obras n�o voltam a ser lembradas por aqueles que herdar�o a Cine Players de n�s? Tor�o veementemente para que isso aconte�a, para podermos contar a nossos filhos ou netos o orgulho que sentimos ao presenciar o momento em que foram constru�das tais obras-primas que, a exemplo daquelas feitas h� 50, 60 anos atr�s, estar�o servindo como objetos de estudo e degusta��o por pessoas como n�s, apaixonadas pela s�tima arte."




Só pra constar a estreia do blog, quem sabe um dia eu escrevo por aqui...